quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Mário Soares . . . No Comments!

Soares, o Virgem da Política !!!


Na crónica de ontem no "DN", o ex-Presidente da República, Mário Soares, esclarece que não respondeu aos pedidos dos jornalistas para prestar declarações sobre "um hipotético conflito institucional, divulgado por gente anónima", que facilmente se percebe ser o caso das escutas em Belém.

O ex-Presidente tem uma qualidade única que lhe permite parecer ser a mais despudorada das virgens políticas nacionais. Soares afirma que não quis "alimentar" o conflito apenas porque "não é elegante dirigir críticas aos seus sucessores", além do "dever de reserva" que a qualidade de membro do Conselho de Estado lhe impõe.

Tenho pena de quem acredita sinceramente nisto – tanto mais que na mesma crónica, o ex-Presidente diverte-se a criticar a prestação da candidata a primeira-ministra social-democrata durante a última entrevista que deu ao Canal do Estado.

Para perceber como Soares não nenhuma virgem política nisto de escutas em Belém e de ataques institucionais, recorde-se o ano de 1994. Em Março, o socialista António Guterres acabava de ser reeleito secretário-geral do PS e faltava um ano e meio para as eleições legislativas de 1995, mas em Belém, o antigo secretário-geral do PS e então Presidente da República, Mário Soares, movimentava a sua esfera de influências contra o então primeiro-ministro social-democrata, Cavaco Silva.

Em Abril desse ano foi detectado um microfone escondido no soalho do gabinete do então Procurador-Geral da República, Cunha Rodrigues. O caso lançou ondas de alerta que chegaram aos corredores do Palácio de Belém. O então Presidente da República colocou literalmente os seus assessores de traseiro para o ar à procura de microfones escondidos em aparelhos de telefone ou gravadores “esquecidos” em alguma gaveta ou debaixo de alguma secretária. Guterres não quis perder o comboio e foi para os jornais dizer que também achava que estava a ser escutado.

Diga-se de passagem que Cavaco Silva até que teria bons motivos para conhecer as conversas do Presidente da República, pois temia que o ocupante da cadeira de Belém pedisse a dissolução da Assembleia da República. Mário Soares levava a cabo pequenos actos públicos de destabilização do Governo, como a "Presidência Aberta" dedicada ao Ambiente e Qualidade de Vida, no início de Abril, ou ainda o facto de que, em Maio, realizava-se o congresso "Portugal Que Futuro?". Este último evento foi um desfilar de críticas contra o então governo de maioria absoluta do PSD e, apesar de não ter contado com a presença ou apoio explícito do Presidente da República, teve a participação activa de conhecidas figuras públicas próximas da área "soarista". O suficiente para dar a entender que quem mandava no congresso era Belém.

Recorde-se que foi também nesse ano que o então director do SIS, Ladeiro Monteiro, abandonou a direcção da secreta em conflito com o ministro Dias Loureiro. O mesmo Dias Loureiro que há meses teve de abandonar o lugar de Conselheiro de Estado em Belém depois de o seu nome ter sido envolvido no escândalo do BPN.

O Verão de 1994 viu ainda o PS a vencer as eleições para o Parlamento Europeu, garantindo assim a legitimidade de António Guterres como líder da Oposição e cada vez mais próximo da vitória nas eleições gerais de Outubro de 1995. Outro factor que, a 24 de Junho de 1994, contribuiu para o fim do cavaquismo foi a carga policial contra os manifestantes da Ponte 25 de Abril.

O Presidente da República, ao mencionar depois o "direito à indignação", colocava mais lenha na fogueira política que fazia Cavaco Silva arder "em lume brando". O ano político de 1994 ainda veria, em Outubro, o PS a convocar os "Estados Gerais" e, no início de Dezembro, Mário Soares usava o termo "ditadura de maioria" durante uma entrevista ao mesmo "DN" onde hoje escreve crónicas.

Pedro Santana Lopes, actual candidato do PSD à Câmara de Lisboa e ex-primeiro-ministro, foi então o primeiro a perceber que o barco estava a afundar-se e, quatro dias antes do Natal de 1994, demitiu-se do cargo de Secretário de Estado da Cultura.

Texto originalmente publicado no blogue Eleições 2009.


segunda-feira, 20 de julho de 2009

António Barreto descreve o perfil do actual Primeiro-Ministro.



'Sócrates, o Ditador'

por António Barreto


Único senhor a bordo tem um mestre e uma inspiração.
Com Guterres, o primeiro-ministro aprendeu a ambição pessoal, mas, contra ele, percebeu que a indecisão pode ser fatal, ao ponto de, com zelo, se exceder.
Prefere decidir mal, mas rapidamente, do que adiar para estudar.
Em Cavaco, colheu o desdém pelo seu partido.
Com os dois e com a sua própria intuição autoritária, compreendeu que se pode governar sem políticos.

Onde estão os políticos socialistas ?

Aqueles que conhecemos, cujas ideias pesaram alguma coisa e que são responsáveis pelo seu passado?
Uns saneados, outros afastados.
Uns reformaram-se da política, outros foram encostados.
Uns foram promovidos ao céu, outros mudaram de profissão.
Uns foram viajar, outros ganhar dinheiro.
Uns desapareceram sem deixar vestígios, outros estão empregados nas empresas que dependem do Governo.
Manuel Alegre resiste, mas já não conta.
Medeiros Ferreira ensina e escreve.
Jaime Gama preside sem poderes.
João Cravinho emigrou.
Jorge Coelho está a milhas de distância e vai dizendo, sem convicção, que o socialismo ainda existe.
António Vitorino, eterno desejado, exerce a sua profissão.
Almeida Santos justifica tudo.
Freitas do Amaral, "ofereceu-se, vendeu-se" e reformou-se !
Alberto Martins apagou-se.
Mário Soares ocupa-se da globalização.
Carlos César limitou-se definitivamente aos Açores.
João Soares espera.
Helena Roseta foi à sua vida independente.
Os grandes autarcas do partido estão reduzidos à insignificância.
O Grupo Parlamentar parece um jardim-escola sedado.
Os sindicalistas quase não existem.
O actual pensamento dos socialistas resume-se a uma lengalenga pragmática, justificativa e repetitiva sobre a inevitabilidade do governo e da luta contra o défice.
O ideário contemporâneo dos socialistas portugueses é mais silencioso do que a meditação budista.

Ainda por cima, Sócrates percebeu depressa que nunca o sentimento público esteve, como hoje, tão adverso e tão farto da política e dos políticos. Sem hesitar, apanhou a onda.

Desengane-se quem pensa que as gafes dos ministros incomodam Sócrates.
Não mais do que picadas de mosquito. As gafes entretêm a opinião, mobilizam a imprensa, distraem a oposição e ocupam o Parlamento.
Mas nada de essencial está em causa.

Os disparates de Manuel Pinho fazem rir toda a gente.
As tontarias e a prestidigitação estatística de Mário Lino são pura diversão.
Não se pense que a irrelevância da maior parte dos ministros, que nada têm a dizer para além dos seus assuntos técnicos, perturba o primeiro-ministro.
É assim que ele os quer, como se fossem directores-gerais.

Só o problema da Universidade Independente e dos seus diplomas o incomodou realmente.
Mas tratava-se, politicamente, de uma questão menor.
Percebeu que as suas fragilidades podiam ser expostas e que nem tudo estava sob controlo. Mas nada de semelhante se repetirá.

O estilo de Sócrates consolida-se. Autoritário, Crispado, Despótico, Irritado, Enervado, Detestando ser contrariado.
Não admite perguntas que não estavam previstas ou antes combinadas.
Pretende saber, sobre as pessoas, o que há para saber.
Tem os seus sermões preparados todos os dias.
Só ele faz política, ajudado por uma máquina poderosa de recolha de informações, de manipulação da imprensa, de propaganda e de encenação.
O verdadeiro Sócrates está presente nos novos bilhetes de identidade, nas tentativas de Augusto Santos Silva de tutelar a imprensa livre, na teimosia descabelada de Mário Lino, na concentração das polícias sob seu mando e no processo que o Ministério da Educação abriu contra um funcionário que se exprimiu em privado.
O estilo de Sócrates está vivo, por inteiro, no ambiente que se vive, feito já de medo e apreensão.
A austeridade administrativa e orçamental ameaça a tranquilidade de cidadãos que sentem que a sua liberdade de expressão pode ser onerosa.
A imprensa sabe o que tem de pagar para aceder à informação.
As empresas conhecem as iras do Governo e fazem as contas ao que têm de fazer para ter acesso aos fundos e às autorizações.
Sem partido que o incomode, sem ministros politicamente competentes e sem oposição à altura, Sócrates trata de si.
Rodeado de adjuntos dispostos a tudo e com a benevolência de alguns interesses económicos, Sócrates governa.
Com uma maioria dócil, uma oposição desorientada e um rol de secretários de Estado zelosos, ocupa eficientemente, como nunca nas últimas décadas, a Administração Pública e os cargos dirigentes do Estado.
Nomeia e saneia a bel-prazer.

Há quem diga que o vamos ter durante mais uns anos.
É possível.
Mas não é boa notícia. É sinal da impotência da oposição. De incompetência da sociedade. De fraqueza das organizações. E da falta de carinho dos portugueses pela liberdade.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Renascimento?!

Renascimento?! Ou . . . Milagre?


No passado sábado, dia 20 de Junho de 2009, no Museu D.Diogo de Sousa, foi levada a cabo a apresentação da campanha "JUNTOS POR BRAGA", que contou com a presença dos principais dirigentes politicos, Manuela Ferreira Leite, Nuno Câmara Pereira, Nuno Melo, Ricardo Rio, Alfredo Côrte-Real, Manuel Beninger, João Granja e Manuel Rocha.

Esta coligação levada a cabo pelo PSD/PPD, pelo CDS-PP e pelo PPM, não é de expantar muito, mas o facto que nos levou a ficar "estupefactos" foi, com a força que apareceu ressurgido do "quase nada", o PPM!

O P.P.M.- Partido Popular Monárquico,insiste em se manter vivo e activo, num sistema republicano, contra ventos e marés. O facto é que o tem conseguido, contra todas as expectativas... Terá isto a haver com algumas tendências europeias?! Terá a haver com o facto de, actualmente, os paises mais desenvolvidos, e da linha da frente, económicamente, financeiramente e socialmente serem monarquias? Ou será um mero saudosismo? Ou será um descontentamento tão grande e geral, com o actual sistema que se tem mostrado ineficaz e insuficiente? Será um indício de mudança?! Não conseguimos apurar, mas um facto é que este novo PPM, totalmente reformado, inovador, actualizado (até "modernizaram o símbolo!!!) está em força e a crescer!



PPM renascido das cinzas qual Fénix ... E esta, hem?!

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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Contradições...

Assunto : CONTRADIÇÕES


a-)VAIS TER RELAÇÕES SEXUAIS?.... O GOVERNO DÁ UM PRESERVATIVO.

b-)JÁ TIVESTE?........O GOVERNO DÁ A PÍLULA DO DIA SEGUINTE.

c-)ENGRAVIDASTE?... O GOVERNO DÁ O ABORTO.

d-)TIVESTE FILHO?...... O GOVERNO DÁ O ABONO DE FAMÍLIA

e-)ESTÁS DESEMPREGADO?.... O GOVERNO DÁ O SUBSÍDIO DE DESEMPREGO.

f-)ÉS VICIADO E NÃO GOSTAS DE TRABALHAR?... O GOVERNO DÁ O RENDIMENTO MÍNIMO GARANTIDO

g-)CABULASTE E NÃO FIZESTES O 2º OU O 3º CICLO?..... O GOVERNO DÁ-TO EM 3 MESES NAS NOVAS OPORTUNIDADES.


AGORA.... EXPERIMENTA ESTUDAR, TRABALHAR, PRODUZIR E ANDAR NA LINHA PARA VER O QUE TE ACONTECE!!!..... O GOVERNO DÁ-TE UMA BOLSA DE IMPOSTOS PARA PAGAR AS ALÍNEAS ANTERIORES!!!

terça-feira, 5 de maio de 2009

A CAMINHO DO SUCESSO NO MEIO DO DISPARATE

A CAMINHO DO SUCESSO NO MEIO DO DISPARATE

por João César das Neves
(professor universitário)

A Fundação Richard Zwentzerg nasceu em 1999 para estudar o atraso e subdesenvolvimento no mundo mas, logo no início da actividade, ficou fascinada com o caso de Portugal. É famoso o seu relatório de Março de 2000, O País Que não Devia Ser Desenvolvido - O Sucesso Inesperado dos Incríveis Erros Económicos Portugueses. Aí se dizia: "Portugal fez tudo errado, mas correu tudo bem. Os disparates cometidos na sua História são enormes. Só comparáveis com o sucesso que tiveram. Nenhum outro povo do mundo conseguiu construir... e destruir tantos impérios em tantas épocas e regiões. Hoje é um país rico, mais rico que 85% da população mundial. Mas conseguiu isso violando todas as regras do desenvolvimento."
A instituição publicou uma pequena colecção de estudos documentando a nossa realidade, até que a actual crise económica criou novo desafio. Estaria Portugal afinal sujeito às regras gerais? Iria pagar finalmente o preço dos seus muitos erros? Para responder acaba de surgir um novo estudo sobre o nosso país, após um silêncio de quase quatro anos (o anterior é de 2003 e, como todos, só é acessível no DN).
Os especialistas continuam a defender a sua teoria inicial, encontrando elementos únicos nesta realidade, agora no meio das dificuldades. Ainda é cedo para proclamar o resultado, mas, como diz o título do texto, Portugal está "a caminho do sucesso no meio do disparate".
O primeiro capítulo nota com satisfação como, desde o último estudo, se mantém por cá o nível da nova geração de enormes erros e tolices. Os estádios do Euro 2004, as OPA e a nova lei do tabaco, o descalabro das universidades e o plano tecnológico, três governos e quatro ministros das Finanças em quatro anos, o endividamento do País e a derrapagem dos custos laborais. Com a Ota e o TGV a asneira promete continuar. O País mantém-se fiel à tendência histórica.
Mas em Portugal disparates tão grandes vêm sempre a par de grandes melhorias. A fundação afirma que mais uma vez isso acontece. A economia portuguesa sofre uma mutação notável, com um grau de recuperação e adaptação à globalização raramente igualado. Os sinais são evidentes. A taxa de transformação estrutural da produção é talvez maior que em qualquer década anterior. O influente sector têxtil tradicional desapareceu de súbito com efeitos que se diluíram rapidamente. Os serviços, que eram 66% do produto nacional há dez anos, subiram para mais de 73% do total. Apesar disso, as exportações aumentaram 30% desde 2000 e modificaram largamente a sua orientação, quer sectorial quer geográfica. O País, supostamente em recessão, absorveu 400 mil imigrantes, fortalecendo a evolução. Todos estes e outros factos notáveis mostram como no meio da crise está a nascer o futuro surto de progresso.
Entre os portugueses ninguém reparou. Só se ouvem as queixas de estagnação e desemprego, custos inevitáveis da magna adaptação à "nova economia". Por vezes alguém nota como no meio da crise as praias, o Algarve e os centros comerciais estão cheios e a vida continua calma e relativamente próspera. Mas não se tiram conclusões e recai-se na lamúria. Estudos e especialistas repetem estribilhos que inventaram há séculos: "O modelo está esgotado", "Este país não tem solução". Até o Governo, que é interessado em sublinhar os êxitos, não viu nada e aposta em projectos nefastos, reformas tímidas, sonhos mirabolantes. Enquanto estraga tudo com as despesas descontroladas.
O relatório insiste nas semelhanças entre esta situação e o percurso das excelentes décadas anteriores, onde o País mudou radicalmente no meio de erros, zangas e lamentos. Ignorando as incríveis novidades nas suas empresas e mercados, os portugueses ocupam-se das questões tolas de sempre. Ou até mais tolas, arrisca a análise, pois a licenciatura do primeiro-ministro, aborto, ataque à família e confusão nas autarquias atingem níveis antes desconhecidos.
Portugal faz tudo mal, como sempre. Mas depois, sem saber como, safa-se. Como diz a frase tão tradicional:
"Não há-de ser nada".
Afinal nem tudo é mau, somos desenrascados!!!??? PORTUGAL FEZ TUDO ERRADO, MAS CORREU TUDO BEM. Esta é a conclusão de um relatório internacional recente sobre o desenvolvimento português . Havia até agora no mundo países desenvolvidos, subdesenvolvidos e em vias de desenvolvimento. Mas, acabou de ser criada, uma nova categoria: os países que não deveriam ser desenvolvidos. Trata-se de regiões que fizeram tudo o que podiam para estragar o seu processo de desenvolvimento e... falharam. Hoje são países industrializados e modernos, mas por engano. Segundo a fundação europeia que criou esta nova classificação, no estudo a que o DN teve acesso, este grupo de países especiais é muito pequeno. Alias, tem mesmo um só elemento: Portugal !!A Fundação Richard Zwentzerg (FRZ), iniciou há uns meses um grande trabalho sobre a estratégia económica de longo prazo. Tomando a evolução global da segunda metade do século XX, os cientistas da FRZ procuraram isolar as razões que motivavam os grandes falhanços no progresso. O estudo, naturalmente, pensava centrar-se nos países em decadência. Mas, para grandesurpresa dos investigadores, os mais altos índices de azelhice económicaforam detectados em Portugal, um dos países que tinha também uma dasmais elevadas dinâmicas de progresso. Desconcertados, acabam de publicar, à margem da cimeira de Lisboa, osseus resultados num pequeno relatório bem eloquente, intitulado:"O País Que Não Devia Ser Desenvolvido "O Sucesso Inesperado dos Incríveis Erros Económicos Portugueses. Num primeiro capítulo, o relatório documenta o notável comportamento da economia portuguesa no último meio século. De 1950 a 2000, o nosso produto aumentou quase nove vezes, com uma taxa de crescimento anual sustentada de 4,5 por cento durante os longos 50 anos. Esse crescimento aproximou-nos decisivamente do nível dos países ricos. Em 1950, o produto de Portugal tinha uma posição a cerca de 35 por cento do valor médio das regiõesdesenvolvidas. Hoje ultrapassa o dobro desse nível, estando acima dos 70 porcento, apesar do forte crescimento que essas economias também registaram noperíodo.Na generalidade dos outros indicadores de bem-estar, a evoluçãoportuguesa foi também notável.Temos mais médicos por habitante que muitos países ricos. A mortalidadeinfantil caiu de quase 90 por mil, em 1960, para menos de sete por mil agora. A taxa de analfabetismo reduziu-se de 40 por cento em 1950 para dez por cento. Actualmente a esperança de vida ao nascer dos portugueses aumentou 18 anos no mesmo período. O relatório refere que esta evolução é uma das mais impressionantes, sustentadas e sólidas do século XX. Ela só foi ultrapassa da por um punhado de países que, para mais, estão agora alguns deles em graves dificuldades no Extremo Oriente. Portugal, pelo contrário, é membro activo e empenhado da União Europeia, com grande estabilidade democrática e solidez institucional. Segundo a FRZ, o nosso país tem um dos processos dedesenvolvimento mais bem sucedidos no mundo actual. Mas, quando se olha para a estratégia económica portuguesa, tudo parece ser ao contrário do que deveria ser. Segundo a Fundação, Portugal, com as políticas e orientações que seguiu nas últimas décadas, deveria agora estar na miséria. O nosso país não pode ser desenvolvido. Quais são os factores que, segundo os especialistas, criam um desenvolvimento equilibrado e saudável? Um dos mais importantes é, sem dúvida, a educação. Ora Portugal tem, segundo o relatório, um sistema educativo horrível eque tem piorado com o tempo. O nível de formação dos portugueses é ridículo quando comparado com qualquer outro país sério. As crianças portuguesas revelam níveis de conhecimentos semelhantes às de países miseráveis. Há falta gritante de quadros qualificados. É evidente que, com educação como esta, Portugal não pode ter tido o desenvolvimento que teve. Um outro elemento muito referido nas análises é a liberdade económica e aestabilidade institucional. Portugal tem, tradicionalmente, um dos sectores públicos mais paternalista, interventor e instável do mundo, segundo a FRZ .Desde o "condicionamento industrial" salazarista às negociações com grupos económicos actuais, as empresas portuguesas vivem num clima de intensa discricionariedade, manipulação, burocracia e clientelismo. O sistema fiscal português é injusto, paralisante e está em crescimento explosivo. A regulamentação económica é arbitrária, omnipresente e bloqueante. É óbvio que, com autoridades económicas deste calibre, diz o relatório,o crescimento português tinha de estar irremediavelmente condenado desde o início. O estudo da Fundação continua o rol de azelhices, deficiências e incapacidades da nossa economia. Da falta de sentido de mercado dos empresários e gestores à reduzida integração externa das empresas; da paralisia do sistema judicial à inoperância financeira; do sistema arcaico de distribuição à ausência de investigação em tecnologias. Em todos estes casos, e em muitos outros, a conclusão óbvia é sempre a mesma :
- Portugal não pode ser um país em forte desenvolvimento. Os cientistas da Fundação não escondem a sua perplexidade.
Citando as próprias palavras do texto:
"Como conseguiu Portugal, no meio de tanta asneira, tolice edesperdício, um tal nível de desenvolvimento?"A resposta, simples, é que ninguém sabe. Há anos que os intelectuais portugueses têm dito que o País está a irpor mau caminho. E estão carregados de razão. Só que, todos os anos, o País cresce mais um bocadinho. A única explicação adiantada pelo texto, mas quenão é satisfatória, é a incrível capacidade de improvisação, engenho e"desenrascanço" do povo português. No meio de condições que, para qualquer outra sociedade, criariam o desastre, os portugueses conseguem desembrulhar-se de forma incrível e inexplicável.O texto termina dizendo:
"O que este povo não faria se tivesse uma estratégia certa?".

segunda-feira, 16 de março de 2009

IRS 2009 - Afinal não chegam 10 milhões para financiar o Centenário da República

IRS 2009 - Afinal não chegam 10 milhões para financiar o Centenário da República


Estava eu a preencher hoje a minha declaração de IRS 2009 na interner como todo o cidadão honesto quando vejo no Anexo H a seguinte opção de “Benifícios Fiscais”/”Deduções à colecta”para quem dá donativos à Comemoração do Centenário da República.

Então 10 milhões não chegam para eles ? Andamos todos a pagar duplamente esta corja de sanguessugas ? Porquê têm medo de que a mulher que há 100 anos tinha os seios ao léu agora tem coloesterol e pode apanhar um AVC por causa do excesso de obesidade contraída à base de tantos defeitos acumulados depois de 1974 ?

Um dia destes não precisamos de votar todos, é como a declaração de impostos pela internet em 2009 que já permite pré-preencher os valores sem termos muito trabalho !

Rica democracia da trampa, andam a fazer publicidade na rádio que depois da República tivemos a democracia em 1974 e que as mulheres mereciam ser reconhecidas … não o foram em República de 1910 a 1974 simplesmente porque não tinham o direito de voto.

Não é culpa dos monárquicos tantas falcidades e demagogias … só falta dizer que a Crise Mundial se deve aos Monárquicos e ao Rei D.Carlos I !

CHEGA CHEGA CHEGA !

Votem em 2009 em consciência como eu :
- Façam um quadrado no boletim, metam uma cruz e escrevam ao lado “voto em mim” !
- Não votem em branco … alguém pode preencher o quadrado por vocês …

Crise em Cabinda

CRISE EM CABINDA
Março 11, 2009

Por E. Bene


Hoje em dia 90% dos conflitos são intra-estados, devido à não aplicação dos princípios do direito internacional público, de não violência, Direitos Humanos, auto-determinação e democracia. A “crise de Cabinda” resulta da violência perpetrada pelo exército angolano desde 1974 contra uma população e um território que tem uma tradição de autonomia.
Cabinda integra desde Abril de 1997 a UNPO – “Unrepresented Nations and Peoples Organization”, organização democrática e internacional cujos membros são nações ocupadas, minorias e estados ou territórios que se juntaram em busca de soluções não-violentas para os conflitos que os assolam.
Será que Cabinda conseguirá alcançar o seu sonho de pôr fim à guerra e obter a sua independência?

Cabinda é um pequeno território descontínuo de Angola, resultante da fusão desde o Séc. XV de três reinos: Loango, Kakongo e N´goyo, no Norte do rio Congo, e no Sul do rio Congo por Ndongo. Com 7.283 Km2, tem uma população estimada em 300.000 habitantes, dos quais cerca de 1/3 vive refugiada no Congo e no Zaire. Adjacente à costa encontram-se alguns dos maiores campos de petróleo do mundo cuja exploração se iniciou em 1954.
Através do Tratado de Simulambuco em 1885 entre os reis de Portugal e os príncipes Cabindas, decretou-se o protectorado português, reservando direitos aos chefes locais de exercer os seus costumes sob auspícios de Portugal mas independentes de Angola.
Este tratado foi aceite pela conferência de Berlim. Em 1975, o tratado de Alvor consagrou a integração de Cabinda em Angola, embora a administração já dependesse de Luanda desde 1956. O facto é que os Acordos de Alvor foram rejeitados por todos partidos angolanos, pondo em causa qualquer validade jurídica que lhes quisessem atribuir.
Actualmente Cabinda produz 700.000 barris de crude por dia. A companhia de petróleo do golfo de Cabinda está associada à Sonangol, Agip Angola Lda. A Sonangol detém (41%), a Chevron (39,2%) Elf (10%) e a Agip (9,8%).
A associação da companhia de petróleo de Cabinda à Sonangol mostra que Luanda não pretende abrir mão do controlo dos recursos de Cabinda.
Os três movimentos de libertação: FNLA, MPLA e a UNITA, dizem que Cabinda é parte integrante e inalienável de Angola.

Em 1960, são formados dois grupos separatistas, com aspirações de independência: (1)o Movimento para Libertação do Enclave de Cabinda – MLEC, liderado por Ranque Franque; e (2) Aliança de Mayombe. Em 1963 juntam forças na Frente de Libertação do Enclave de Cabinda – FLEC, sob liderança de Franque.
Ainda em 1963 a OUA posiciona Cabinda como o 39º Estado a descolonizar, sendo o 35º Angola.

Em 1975 a guerra da independência acaba, a maioria dos portugueses que estavam em Angola retornam a Portugal e o MPLA declara todos os outros partidos políticos locais ilegais. Ainda no mesmo ano o MPLA mostrou-se receptivo em negociar com os separatistas em Cabinda.
As exigências da FLEC foram:

(1) dissociação de Cabinda de Angola;
(2) reconhecimento da FLEC como o único movimento de libertação;
(3) e o reconhecimento formal do povo de Cabinda no que respeita à autodeterminação.

As negociações fracassaram. A FLEC protesta às Nações Unidas sobre a alegada morte de 100 estudantes e residentes da zona por parte do MPLA e mercenários.O Zaire propôs uma consulta popular sobre o enclave. Países como Gabão, Uganda e República Centro Africana favoreciam a FLEC, mas a maioria dos membros da OUA opôs-se alegando o espectro dos separatismos noutras regiões de África.
A FLEC desintegra-se em 1977 e o Comando Militar de Libertação de Cabinda – CMLB - exige uma refundação democrática. Daí resulta entre 1980-85 a divisão da FLEC em: FLEC-Renovada, sob direcção de António Bembe e FLEC- FAC (Forças Armadas de Cabinda).Os três movimentos de Libertação de Angola - FNLA, o MPLA UNITA - declaram Cabinda como “parte integral e inalienável de Angola”.
É importante notar que Cabinda reúne os requisitos para que a sua autonomização e o direito de não ingerência sejam uma realidade:

(1) localização geográfica com descontinuidade territorial;
(2) nível de recursos naturais;
(3) identidade própria, acompanhada por um nível educacional da sua população considerável e distinto de Luanda.

O grande impasse é sem dúvida Luanda – que não tem vontade política .
A antiga OUA – (actual UA, União Africana) nunca conseguiu apaziguar ou pôr termo aos conflitos emergentes em África. Mesmo após a Declaração de Cairo de Junho de 1993, que estabelecia formalmente o Mecanismo Central para a Prevenção, Gestão e Resolução de Conflitos, nada fez para solucionar a crise, dado a falta de meios e de coesão. Algumas medidas têm sido tomadas pelo conselho de Paz e Segurança (CPS) da UA, para obrigar aos líderes africanos a reconhecerem a importância da boa governação, democracia, respeito pelos direitos humanos e do princípio da subsidariedade.

Em Portugal a maioria da opinião dos políticos é a favor de uma intervenção portuguesa na resolução desta crise. Os media indicam que, após a descolonizarão, Cabinda deveria ter sido independente de Angola.
Silva Cunha, Ministro dos Negócios Estrangeiros português em Angola (1965/73), advoga que o ideal teria sido formar-se um único governo sob tutela colonial.
Themudo Barata, último governador de Cabinda em 1974, disse em entrevista à SIC em 2002 que teria sido fácil se Portugal tivesse resolvido a questão. Comparou a situação de Cabinda com o caso de Timor Leste que foi vítima de uma descolonização desastrada e que vinte e cinco anos depois os timorenses rejeitam a situação em que vivem perante a indiferença geral de outros países. Acrescentou ainda que cabia a Portugal assumir o seu erro na descolonização diante da OUA e da ONU. D. Duarte de Bragança, que conheceu Cabinda nos anos 70, altura em que participou nas comemorações do Tratado de Simulambuco, disse em entrevista ao Ibinda.com em Novembro de 2004, que desde 1969 que luta para que a justiça seja feita aos cabindas. Apesar do conformismo de algumas pessoas na luta pela sua causa, D. Duarte tem-se mostrado optimista, tomando como exemplo Timor- Leste, que parecia inicialmente um caso perdido. Mário Soares recebeu em 2003 no Parlamento europeu uma delegação da FLEC, e mostrou-se receptivo, afirmando que a questão deve passar por uma consulta a nível internacional, que envolva Portugal, França e os EUA, e que a hipótese de autonomia de Cabinda tinha que estar dentro do quadro de Angola.

Para o Padre Carlos Gime, o que está acontecer é “o desenvolvimento do subdesenvolvimento (…)”

Os media portugueses têm reportado as atrocidades ocorridas em Cabinda, a que os media internacionais não prestam atenção. Os bispos locais, que só emergiram à partir de 1973 devido a forte implantação de vigários episcopais, dependentes dos arcebispos de Luanda, apelam à independência, ao fim dos actos de violação de Direitos Humanos; à presença de tropas em Cabinda, “uma terra sem paz”. O facto de 12% do petróleo consumido nos EUA ser de Cabinda faz com que as instalações de exploração deste recurso, se tornem em pequenos estados dentro de um estado.
Em 2004 na sequência da semana dos direitos humanos em Cabinda, a Associação Cívica e Cabinda, desafiou a petrolífera norte-americana ChevronTexaco, a romper o seu isolamento e cooperar na busca de soluções para o flagelo que assola o país. Para Joaquim Rodrigues, “ o sonho americano de liberdade, igualdade, e oportunidade de justiça, não tem sido operado na região (…)”.
A Chevron, por exemplo, matem-se silenciosa perante os massacres perpetrados pelo regime parceiro. A companhia pratica injustiças sociais e desigualdades salariais.
O Padre Carlos Gime falou de Cabinda como podendo ser “um pequeno Éden” mas lamentou que os recursos estejam a ser pilhados a 100%; disse ainda que o remanescente, 10% das taxas de exploração, sucumbia sem alguma aplicação local. Está a acontecer “o desenvolvimento do subdesenvolvimento”.
Segundo o Ibinda.com, estão em curso outros projectos da Rússia, África do Sul e Japão para prospecção e exploração de ouro na região. Não se fala na melhoria de condições de vida dos cabindenses nem o governo angolano direcciona os dividendos para o desenvolvimento de Cabinda nem de Angola em geral.
Uma comissão ad-hoc das Nações Unidas para os direitos humanos em Cabinda, reportou em 2003, casos de violência, abusos sexuais e outras atrocidades perpetradas pelo MPLA. O Secretário Geral das Nações Unidas, Kofi Annam, pronunciou-se na 61.ª sessão da Comissão das NU para os Direitos Humanos em Genebra 2005, sobre a necessidade de criação de um novo corpo de gestão de Direitos Humanos. Annan frisou ainda que a Declaração Universal dos Direitos Humanos deve fazer parte de um convénio global.
Em 2004, segundo Peter Takirambudde, director executivo da HRW, Human Right Watch, missão para África, o exército angolano continuava a cometer crimes contra civis em Cabinda. Takirambudde apela ainda ao governo angolano para pôr termo à impunidade, e levar os culpados à justiça.
Em Agosto de 2004 a HRW, entrevistou civis detidos e torturados pelo exército angolano, vítimas de violações, e mulheres detidas por alegado envolvimento conjugal com os chamados rebeldes da FLEC (…).
Em Setembro de 2004 houve um wokshop subordinado ao tema “Intervenção acerca de Cabinda” promovido pela Associação Tratado de Simulambuco (ATS) - Casa de Cabinda de Portugal, em que se debateu entre outros assuntos a questão dos Direitos Humanos.

José Eduardo dos Santos, durante a sua visita presidencial a Washington em Março de 2005 negou existir algum conflito armado em Cabinda. Interrogado sobre a possibilidade de referendo, disse que a Constituição de Angola não previa essa prática e que “o espírito de diálogo e abertura tem imperado em ambas as partes”. Assegurou haver um clima de calma e que os cabindas queriam a reconstrução nacional e a sua integração em Angola.
A crise de Cabinda carece de um diálogo e atenção global, apesar de o governo angolano não ver nenhum parceiro válido para questão, até porque nem sequer assume a existência do conflito. O facto é que o governo Angolano ilegalizou a FLEC e as populações não podem exercer nem os seus direitos cívicos nem os políticos e os de livre expressão.
Tem havido algumas mudanças significativas como a recente fusão da FLEC/FAC e da FLEC Renovada e a criação do Fórum para o Diálogo. A presença das multinacionais em Cabinda, é vista com preocupação pelos defensores da democracia e direitos humanos, devido a cumplicidade da aliança geo-estratégica e económica com o regime de Luanda.

Cabe a Portugal um papel de mediador principal no processo de autonomização de Cabinda, tendo em conta o fracasso do tratado de Direito Internacional - Simulambuco, que previa autonomia de Cabinda. Sendo assim os Tratados de Alvor, que integraram Cabinda em Angola, não têm razão de ser. Não nos devemos esquecer também que a Carta das Nações Unidas e o Direito Internacional não negam a nenhum povo o seu direito à auto determinação.Cabinda tem descontinuidade territorial e identidade cultural própria - princípio inalienável, que é de extrema importância para sua auto-determinação.

É necessário apelar à uma vontade geral, com particular destaque a Luanda, Portugal e ao resto da comunidade internacional para que este território obtenha a sua independência e autonomia.

E.Bene, Estagiário no Depto. Investigação e Defesa - IDN

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terça-feira, 10 de março de 2009

Monarquia Versus República

Rei ou Presidente?
Na segunda-feira, dia 10 de Março, faz hoje precisamente um ano, o programa “Prós e Contras” da RTP-1 foi subordinado ao tema ”Monarquia e República”.
O debate moderado por Fátima Campos Ferreira e teve, entre outros oradores, o Presidente da Causa Real, Dr. Paulo Teixeira Pinto, e o António Reis, Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano.
República ou Monarquia?
Paulo Teixeira Pinto, presidente da Causa Real, António Reis, Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano.
Ética republicana ou ideais monárquicos?
O que divide hoje os dois regimes?
As experiências europeias…
Fundamentos e valores políticos…
Com Paulo Teixeira Pinto, António Reis, Medeiros Ferreira e um conjunto alargado de personalidades monárquicas e republicanas.
Veja por si o debate, que teve um elevado nível, e construa a sua opinião...

O DEBATE:

1ª parte : mms://195.245.168.21/rtpfiles/videos/auto/proscontras/pcontras_1_10032008.wmv

2ªparte:
mms://195.245.168.21/rtpfiles/videos/auto/proscontras/pcontras_2_10032008.wmv

3ª parte:
mms://195.245.168.21/rtpfiles/videos/auto/proscontras/pcontras_3_10032008.wmv

Debate Televisivo Monarquia Versus República

Debate televisivo Monarquia Vs República

Houve no dia 1 de Fevereiro de 2008, fez agora um ano e um mês, um debate entre Gonçalo Ribeiro Telles, João Miguel Sardica e João Soares (na TVI por Julia Pinheiro). O debate, que começou morno elevou-se e entre efusivos aplausos da plateia a Ribeiro Telles e a óbvia fraqueza argumentativa sobre um sitema já obsoleto e completamente desactualizado de João Soares (que chegou a invocar correntes de monarquicos radicais). Podemos dizer que a Monarquia saiu reforçada.

Foi o 1º primeiro debate, da história da TV, onde se notou uma óbvia vontade de mudança para a Monarquia e a sua óbvia credibilidade perante o descrédito total do actual do regime ... mais por causa da conduta de alguns, da corrupção e da falta de moral e ética do que pela incapacidade ideológica da República.
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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Vejam quanto Gastamos com a "Nossa" Républica!


Vencimentos dos Políticos !!!

Esta notícia saiu no Jornal de Noticias e achamos deveras oportuna, dado a situação de crise em que nos encontramos agora...

Curioso também achamos os facto de, após algumas pesquisas, verificarmos que as Repúblicas, tem de efectivamente um custo bastante mais elevado face ao custo de uma Monarquia! Senão vejamos, só neste momento, quantos ex-presidentes da República temos? Não esquecer que, por cada um ex-presidente, além co carro, casa, motorista, secretário, guarda-costas, cada ex-primeira-dama, tem o equivalente! E nós...a pagar....!!! Inacreditável!

Em Portugal, os deputados ganham 3708 euros de salário-base, o que corresponde a 50% do vencimento do presidente da República. Os subsídios de férias e de Natal são pagos em Junho e em Novembro e têm direito a 10% do salário para despesas de representação. Como também lhes são pagos abonos de transporte entre a residência e São Bento uma vez por semana, e por cada deslocação semanal ao círculo de eleição, um deputado do Porto, por exemplo, pode receber mais dois mil euros, além do ordenado.

De acordo com o "Manual do Deputado", os representantes do povo podem estar no regime de dedicação exclusiva e acumularem com o pagamento de direitos de autor, conferências, palestras, cursos breves, etc.Como o fim da subvenção vitalícia irá abranger somente os deputados eleitos em 2009, os que perfaçam até ao final da legislatura 12 anos de funções (consecutivos ou intervalados) ainda a recebem, mas com menor valor. Quem já tinha 12 anos de funções quando a lei entrou emvigor - em Outubro de 2005 - terá uma subvenção vitalícia de 48% do ordenado base - pelo actual valor, quase 1850 euros - logo que completar 55 anos.

O Governo acautelou assim a situação de parte dos deputados do PS eleitos em 1995, com a primeira vitória de Guterres, pelo que ao fim de dez anos de actividade (até 2005) poderão auferir a pensãovitalícia que corresponde a 40% do vencimento-base - dez anos a multiplicar por 4% do vencimento base auferido quando saiu do Parlamento. A subvenção é cumulável com a pensão de aposentação ou a de reforma até ao valor do salário base de um ministro que é em 2008 de 4819,94 euros. Os subvencionados beneficiam ainda "do regime de previdência social mais favorável aplicável à Função Pública", diz o documento.

Sócrates recebe pensão vitalícia

José Sócrates tem direito à pensão vitalícia por ter 11 anos de Parlamento. Eleito pela primeira vez em 1987, esteve oito anos consecutivos em funções. Secretário de Estado do Ambiente e ministroda pasta nos Governos de Guterres, voltou em Abril de 2002, onde ficou mais três anos.

Quem tem e vai ter a subvenção

Almeida Santos (PS), Manuela Ferreira Leite, Manuel Moreira e Eduarda Azevedo (PSD), Narana Coissoró e Miguel Anacoreta Correia (CDS-PP) e Isabel Castro (PEV) já requereram a subvenção vitalícia. Outros 31 deputados, 20 dos quais do PS, poderão pedi-la, pois até ao fim de 2009 perfazem 12 anos de mandato, embora só se contabilizem os anos até 2005.
Salário cresceu 77 euros num ano
Em 2007, o vencimento-base de um deputado foi 3631,40 euros. Este ano é de 3707,65 euros , segundo a secretaria-geral da AR. Um aumento de 77 euros.

Presidir à AR dá direito a casa

O presidente da Assembleia da República (AR) recebe 80% do ordenado do presidente da República - 5.810 euros. Recebe ainda um abono mensal para despesas de representação no valor de 40% do respectivo vencimento 2950 euros, o que perfaz 8760 euros. Usufrui de residência oficial e de um veículo para uso pessoal conduzido por um motorista.

Dez têm carro com motorista

Ao presidente do Conselho de Administração (José Lello), aos quatro vices-presidentes da AR - na actual legislatura, Manuel Alegre (PS), Guilherme Silva (PSD), António Filipe (PCP) e Nuno Melo (CDS-PP) - e aos líderes parlamentares é disponibilizado um gabine pessoal, secretário e automóvel com motorista.

Benesses para a Mesa da AR

Para os quatro vice-presidentes da AR (PS, PSD, CDS e PCP) e para os membros do Conselho de Administração, o abono é de 25% do vencimento 927 euros. Os seis líderes parlamentares e os secretários da Mesa têm de abono 20% do salário: 742 euros.

Abono superior ao salário mínimo

Os vice-presidentes parlamentares com um mínimo de 20 deputados (PS e PSD), os presidentes das comissões permanentes e os vice-secretários da mesa têm de abono 15% do vencimento - 555 euros. Mais 129 euros do que o salário mínimo nacional. Uso gratuito de correio, telefone e electricidade. Os governos civis, se solicitados, devem disponibilizar instalações para que os deputados atendam os media ou cidadãos. Os deputados podem transitar livremente pela AR, têm direito a cartão de identificação e passaporte especial e ao direito de uso e porte de arma. Podem também usar, a título gratuito, serviços postais, telecomunicações e redes electrónicas.

Ajudas de custo para os de fora

Quem reside fora dos concelhos de Lisboa, Oeiras, Cascais, Loures, Sintra, Vila Franca de Xira, Almada, Seixal, Barreiro e Amadora recebe 1/3 das ajudas de custo fixadas para os membros do Governo (67,24 euros) por cada dia de presença em plenário, comissões ou outras reuniões convocadas pelo presidente da AR e mais dois dias por semana.

Pára-quedistas ficam a ganhar

Os deputados que residem num círculo diferente daquele por que foram eleitos recebem ajudas de custo, até dois dias por semana, em deslocações que efectuem ao círculo, em trabalho político. Mas também os que, em missão da AR, viajem para fora de Lisboa. No país têm direito a 67,24 euros diários ou a 162,36 euros por dia se forem em serviço ao estrangeiro.

Viagens pagas todas as semanas

Quando há plenário, a quantia para despesas de transporte é igual ao número de quilómetros de uma ida e volta semanal entre a residência do parlamentar e S. Bento vezes o número de semanas do mês (quatro ou cinco) multiplicado pelo valor do quilómetro para deslocações em viatura própria. Uma viagem ao Porto são 600 quilómetros cinco vezes num mês, dá três mil. Como o quilómetro é pago a 0,39 euros, o abono desse mês é de 1170 euros.

Viver na capital também dá abono

Os deputados que residam nos concelhos de Cascais, Barreiro, Vila Franca de Xira, Sintra, Loures, Oeiras, Seixal, Amadora, Almada e Lisboa recebem também segundo a fórmula anterior. Os quilómetros (ida e volta) são multiplicados pelas vezes que esteve em plenário e em comissões, tudo multiplicado por 0,39 euros.

Ir às ilhas com bilhetes pagos

A resolução 57/2004 em vigor, de acordo com a secretaria-geral da AR, estipula que os eleitos pelas regiões autónomas recebem o valor de uma viagem aérea semanal (ida e volta) na classe mais elevada entre o aeroporto e Lisboa, mais o valor da distância do aeroporto à residência. Por exemplo, 512 euros (tarifa da TAP para o Funchal com taxas) multiplicados por quatro ou cinco semanas, ou seja, 2048 euros.Mais o número de quilómetros (30, por exemplo) de casa ao aeroporto a dobrar (por ser ida e volta) multiplicado pelas mesmas quatro (ou cinco) semanas do mês, e a soma é multiplicada por 0,39 euros, o que dá 936 euros. Ao todo 2980 euros.

Deslocações em trabalho à parte

Ao salário-base, ajudas de custo, abono de transporte mensal há ainda a somar os montantes pela deslocação semanal em trabalho político ao círculo eleitoral pelo qual se foi eleito. Os deputados eleitos por Bragança ou Vila Real são os mais abonados.

Almoço a menos de cinco euros

Os deputados e assessores que transitoriamente trabalham para os grupos parlamentares pagam 4,65 euros de almoço, que inclui sopa, prato principal, sobremesa ou fruta. E salada à discrição. Um aumento de 0,10 euros desde 2006. Nos bares, um café custa 25 cêntimos, uma garrafa de 1,5 litro de água mineral 33 cêntimos e uma sandes de queijo 45 cêntimos.

Imunidade face à lei da Justiça

Não responde civil, criminal ou disciplinarmente pelos votos e opiniões que emitir em funções e por causa delas. Não pode ser detido ou preso sem autorização da AR, salvo por crime punível com pena de prisão superior a três anos e em flagrante delito. Indiciado por despacho de pronúncia ou equivalente, a AR decidirá se deve ou não ser suspenso para acompanhar o processo. Não pode, sem autorização da AR, ser jurado, perito ou testemunha nem ser ouvido como declarante nem como arguido, excepto neste caso quando preso em flagrante delito ou suspeito do crime a que corresponde pena superior a três anos.

Justificações para substituição

Doença prolongada, licença por maternidade ou paternidade; seguimento de processo judicial ou outro invocado na Comissão de Ética, e considerado justificado.

Suspensão pode ir até dez meses

Pedida à Comissão de Ética, deve ser inferior a 50 dias por sessão legislativa e a dez meses por legislatura. Um autarca a tempo inteiro ou a meio tempo só pode suspender o mandato por menos de 180 dias.

JORNAL DE NOTÍCIAS

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Caso Freeport, mais um escândalo do nosso (des)governo

























Tio de Sócrates envolve 1º Ministro no escândalo!



Após em 2004 Zeferino Boal, candidato à Câmara de Alcochete, ter denunciado á Polícia Judiciária que José Sócrates, enquanto ministro do Ambiente, teria permitido a construcção deste empreendimento, em Alcochete, em zona ZPE (Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo), com o objectivo de receber dinheiro, para financiamento da campanha eleitoral para as legislativas daquele ano!


Esta revelação, na altura foi feita pelo inspector da PJ Aelias Torrão, da directoria de Setúbal, e sobre o qual foi instalado imediato processo no 6º juízo dos Tribunais Criminais de Lisboa.


Passados 4 anos, este caso, ainda por esclarecer, tem o seguinte desenrolar, segundo o DN (Carlos Rodrigues Lima):


Contradições!!!


Em 2005, o primeiro-ministro garantiu ser "totalmente alheio" ao projecto do Freeport de Alcochete.


Júlio Monteiro, seu tio, revela que intermediou um encontro com um empresário ligado ao empreendimentoPrimeiro-ministro responde que só discutiu questões ambientais.


Júlio Coelho Monteiro, tio materno de José Sócrates, revelou, ontem, que intermediou um encontro entre Charles Smith, sócio da consultora Smith&Pedro, a responsável pela promoção do projecto Freeport de Alcochete, e o seu sobrinho, então ministro do Ambiente.


A declaração de Júlio Monteiro ao semanário SOL contraria a garantia dada por José Sócrates, em 2005, de que era "totalmente alheio ao empreendimento"."Foi através de mim que ele conseguiu a reunião", contou Júlio Monteiro, referindo-se a Charles Smith.


Contactado pelo DN, o empresário inglês não quis prestar qualquer esclarecimento, nem confirmar ou desmentir o encontro com José Sócrates. Ontem, ao final da noite, o primeiro--ministro emitiu um comunicado, em nome pessoal, no qual, pela primeira vez, admitiu ter tido conhecimento do projecto. Mas, afirmou tratar-se de uma reunião alargada: "Houve, de facto, uma reunião alargada, no Ministério do Ambiente, que contou com a presença de várias pessoas, entre os quais eu próprio, o secretário de Estado do Ambiente e responsáveis de diversos serviços do Ministério, a Câmara Municipal de Alcochete e os promotores do empreendimento Freeport."


Júlio Coelho Monteiro revelou que intermediou a tal reunião, uma vez que Charles Smith lhe terá dito que alguém lhe pedia quatro milhões.


Das declarações , veiculadas ontem pela TVI (ver transcrição na íntegra), não fica claro se aquela verba diz respeito ao preço do terreno da antiga fábrica da Firestone ou se Júlio Monteiro se refere a eventuais pagamentos de luvas para facilitar o projecto.


O tio de Sócrates afirmou ainda que este episódio pode ser "inconveniente" para o primeiro-ministro, mas "é a verdade".


Porém, em declarações ao DN, José Dias Inocêncio, ex-presidente da Câmara de Alcochete, garantiu não ter conhecimento desta alegada reunião privada, mas confirmou a versão do primeiro-ministro quanto ao encontro pedido pela autarquia: "Houve um pedido da câmara feito ao então ministro do Ambiente para que este, de viva voz, explicasse, a nós e aos promotores, porque razão o ministério tinha chumbado duas vezes o projecto."


A reunião, segundo José Dias Inocêncio, ocorreu em Janeiro de 2002.De acordo com informações recolhidas pelo DN, a polícia inglesa já enviou novos dados para o Departamento Central de Investigação e Acção Penal. Terá sido com estes novos elementos que a investigação partiu para as buscas da passada quinta-feira a Júlio Monteiro, ao escritório de advogados de Vieira de Almeida e ao arquitecto Capinha Lopes. Ao mesmo tempo que forneceu informações, a polícia inglesa pediu elementos ao DCIAP, que é liderado pela procuradora Cândida Almeida.


É uma vergonha que um país, que já foi tão GRANDE como o Nosso, que estejamos reduzidos, a estas "jogadas" nunca esclarecidas, por parte dos nossos denominados governantes!


É uma vergonha, que, quando saiem dos governos, mesmo antes do final dos mandatos, recebam reformas antecipadas, cargos de presidência em organizações e entidades, a receberem, cheques milionários!


Mas mais vergonhos ainda, é denegrirem um País que foi Grande, um Povo que foi maior, e terem-nos deixado na total miséria !!!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Nasceu El-Rei D.Sebastião

Nasceu El-Rei
D. Sebastião





Hoje D. Sebastião faz a bonita idade de 555 anos.


Nascido em dia de São Sebastião, a 20 de Janeiro de 1554, do mártir romano tomou o nome.


Décimo sexto Rei de Portugal, filho do príncipe D. João e de D. Joana de Áustria, nasceu em Lisboa, a 20 de Janeiro de 1554, e morreu, em Alcácer Quibir, a 4 de Agosto de 1578.


Sucedeu a seu avô D. João III, sendo o seu nascimento esperado com ansiedade, enchendo de júbilo o povo, pois a coroa corria o perigo de vir a ser herdada por outro neto de D. João III, o príncipe D. Carlos, filho de Filipe II de Espanha.


Deu origem a lendas, e ainda acreditamos no Seu regresso, para reposição da Nação e com a esperança de um Futuro 5º Império! Sabedor, justo e leal. Um nível superior...


Curioso como hoje se comemora o seu 555º aniversário, número deveras intrigante e a tripla associação ao "5" número místico, e do 5º Império, já relatado na Bíblia, aqui reforçado pela trilogia da Santíssima Trindade.




Como cantou Camões:


"E vós, ó bem nascida segurança
Da Lusitânia antiga liberdade,
E não menos certíssima esperança,
De aumento da pequena Cristandade,
Vós, ó novo temor da Maura lança,
Maravilha fatal da nossa idade,
Dada ao mundo por Deus, que todo o mande,
Pera do mundo a Deus dar parte grande."