segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Caso Freeport, mais um escândalo do nosso (des)governo

























Tio de Sócrates envolve 1º Ministro no escândalo!



Após em 2004 Zeferino Boal, candidato à Câmara de Alcochete, ter denunciado á Polícia Judiciária que José Sócrates, enquanto ministro do Ambiente, teria permitido a construcção deste empreendimento, em Alcochete, em zona ZPE (Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo), com o objectivo de receber dinheiro, para financiamento da campanha eleitoral para as legislativas daquele ano!


Esta revelação, na altura foi feita pelo inspector da PJ Aelias Torrão, da directoria de Setúbal, e sobre o qual foi instalado imediato processo no 6º juízo dos Tribunais Criminais de Lisboa.


Passados 4 anos, este caso, ainda por esclarecer, tem o seguinte desenrolar, segundo o DN (Carlos Rodrigues Lima):


Contradições!!!


Em 2005, o primeiro-ministro garantiu ser "totalmente alheio" ao projecto do Freeport de Alcochete.


Júlio Monteiro, seu tio, revela que intermediou um encontro com um empresário ligado ao empreendimentoPrimeiro-ministro responde que só discutiu questões ambientais.


Júlio Coelho Monteiro, tio materno de José Sócrates, revelou, ontem, que intermediou um encontro entre Charles Smith, sócio da consultora Smith&Pedro, a responsável pela promoção do projecto Freeport de Alcochete, e o seu sobrinho, então ministro do Ambiente.


A declaração de Júlio Monteiro ao semanário SOL contraria a garantia dada por José Sócrates, em 2005, de que era "totalmente alheio ao empreendimento"."Foi através de mim que ele conseguiu a reunião", contou Júlio Monteiro, referindo-se a Charles Smith.


Contactado pelo DN, o empresário inglês não quis prestar qualquer esclarecimento, nem confirmar ou desmentir o encontro com José Sócrates. Ontem, ao final da noite, o primeiro--ministro emitiu um comunicado, em nome pessoal, no qual, pela primeira vez, admitiu ter tido conhecimento do projecto. Mas, afirmou tratar-se de uma reunião alargada: "Houve, de facto, uma reunião alargada, no Ministério do Ambiente, que contou com a presença de várias pessoas, entre os quais eu próprio, o secretário de Estado do Ambiente e responsáveis de diversos serviços do Ministério, a Câmara Municipal de Alcochete e os promotores do empreendimento Freeport."


Júlio Coelho Monteiro revelou que intermediou a tal reunião, uma vez que Charles Smith lhe terá dito que alguém lhe pedia quatro milhões.


Das declarações , veiculadas ontem pela TVI (ver transcrição na íntegra), não fica claro se aquela verba diz respeito ao preço do terreno da antiga fábrica da Firestone ou se Júlio Monteiro se refere a eventuais pagamentos de luvas para facilitar o projecto.


O tio de Sócrates afirmou ainda que este episódio pode ser "inconveniente" para o primeiro-ministro, mas "é a verdade".


Porém, em declarações ao DN, José Dias Inocêncio, ex-presidente da Câmara de Alcochete, garantiu não ter conhecimento desta alegada reunião privada, mas confirmou a versão do primeiro-ministro quanto ao encontro pedido pela autarquia: "Houve um pedido da câmara feito ao então ministro do Ambiente para que este, de viva voz, explicasse, a nós e aos promotores, porque razão o ministério tinha chumbado duas vezes o projecto."


A reunião, segundo José Dias Inocêncio, ocorreu em Janeiro de 2002.De acordo com informações recolhidas pelo DN, a polícia inglesa já enviou novos dados para o Departamento Central de Investigação e Acção Penal. Terá sido com estes novos elementos que a investigação partiu para as buscas da passada quinta-feira a Júlio Monteiro, ao escritório de advogados de Vieira de Almeida e ao arquitecto Capinha Lopes. Ao mesmo tempo que forneceu informações, a polícia inglesa pediu elementos ao DCIAP, que é liderado pela procuradora Cândida Almeida.


É uma vergonha que um país, que já foi tão GRANDE como o Nosso, que estejamos reduzidos, a estas "jogadas" nunca esclarecidas, por parte dos nossos denominados governantes!


É uma vergonha, que, quando saiem dos governos, mesmo antes do final dos mandatos, recebam reformas antecipadas, cargos de presidência em organizações e entidades, a receberem, cheques milionários!


Mas mais vergonhos ainda, é denegrirem um País que foi Grande, um Povo que foi maior, e terem-nos deixado na total miséria !!!

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