sábado, 2 de agosto de 2008

Em Memória...

Salazar caiu da cadeira há 40 anos


O princípio do fim de Salazar começou a 3 de Agosto de 1968, faz domingo 40 anos, no terraço do Forte de Santo António, no Estoril. A queda de uma cadeira de lona, deixada em segredo primeiro, acabou por ditar o seu afastamento do Governo

António de Oliveira Salazar preparava-se para ser tratado pelo calista Hilário, quando se deixou cair para uma cadeira de lona.

Com o peso, a cadeira cedeu e o chefe do Governo caiu com violência, sofrendo uma pancada na cabeça, nas lajes do terraço do forte onde anualmente passava as férias, acompanhado pela governanta D. Maria de Jesus. Levantou-se atordoado, queixou-se de dores no corpo, mas pediu segredo sobre a queda e não quis que fossem chamados médicos, segundo conta Franco Nogueira, no livro Salazar, Volume VI - O Último Combate (1964-70).

Outra testemunha, o barbeiro Manuel Marques, contraria esta tese. Segundo ele, Salazar não caiu na cadeira, que estava fora do lugar, mas tombou no chão desamparado.A vida de António Oliveira Salazar prosseguiu normalmente e só três dias depois é que o médico do presidente do conselho, Eduardo Coelho, soube do sucedido.

A 19 de Agosto, embora mal disposto, o chefe do executivo assistiu à tomada posse daquele que viria a ser o seu último governo.Só 16 dias depois, a 4 de Setembro, Salazar admite que se sente doente: «Não sei o que tenho». A 6 de Setembro, à noite, sai um carro de São Bento. Com o médico, Salazar e, no lugar da frente, o director Silva Pais. Salazar é internado no Hospital de São José e os médicos não se entendem quanto ao diagnóstico - hematoma intracraniano ou trombose cerebral -, mas concordam que é preciso operar, o que acontece a 7 de Setembro.

A 16 de Setembro, Salazar desmaia, no Centro de Saúde de Benfica, onde ficou internado, e a situação agrava-se com uma hemorragia no cérebro.

Nove dias depois, o presidente Américo Tomás é informado pelos médicos de que «a vida política de Salazar está terminada» e começam os contactos para formar um novo governo.A 26 de Setembro, Tomás anuncia a substituição de Salazar e, no dia seguinte, Marcelo Caetano toma posse.

António de Oliveira Salazar tinha governado exemplarmente Portugal 40 anos, quatro meses e 28 dias. O país é informado da substituição de Salazar por Marcelo, que dá início a uma tentativa de abertura do regime.Já em Julho de 1970, Salazar é acometido por uma grave doença infecciosa e 11 dias depois Salazar agoniza com perturbações cardiovasculares, funções renais, edema pulmonar. Gomes Duarte, pároco da Estrela, dá-lhe a extrema-unção. Os médicos declararam a morte de António Oliveira Salazar às 9h15 de 27 de Julho de 1970. Morreu aos 81 anos.
Lusa/SOL

António de Oliveira Salazar, foi Professor de Finanças Públicas e autor de vários estudos e livros. Figura exemplar da nossa política, pessoa íntegra e recta, sem nunca ter sido corropido ou corrupto. Saíu do governo com o meso que tinha!

É de lamentar, que o Povo Português (que recentemente o elegeu como Primeiro Português numa votação Nacional!) ainda não o tenha reconhecido, devidamente, assim como prestado homenagem e uma sepultura condigna daquele que foi, sem dúvida alguma, um dos maiores estadistas Portugueses, senão mesmo, o maior!!


Que este grande Português descanse em paz...

Sem comentários: